sábado, 1 de janeiro de 2011

Minha (re)consolidação.


Hoje é o primeiro dia do ano e eu já posso sentir que meu 2011 começa de uma maneira completamente oposta ao início de 2010. Pra mim o ano passado foi um ano de transição, marcado por inúmeros pontapés iniciais que levaram a outras tantas coisas que serão consolidadas só agora, 12 meses depois.
Perdi meu irmão pra um intercâmbio e virei filha única (e vou continuar sendo até julho). Perdi muitas horas da minha vida social pra um trabalho que deixou minha conta bancária recheada como nunca. Deixei meu diploma de lado, investi tempo e dinheiro e me aventurei em um curso que vai mudar completamente o rumo da minha vida. E isso é só a ponta do Iceberg.
Evolui em muitos aspectos e também andei pra trás em alguns momentos.
Sofri e fiz sofrer. Passei vergonha, dei orgulho. Dei mais que orgulho, aliás. Dei risada, dei conselhos, dei trabalho, dei sermões e dei presentes.
Deixei de ser aquela coração de gelo que fazia mal sem querer pra alguns, pra me tornar uma manteiguinha que ainda não sabe lidar direito com as "derretidas" recorrentes. E percebo que as pessoas também não sabem, porque essa nova situação que eu apresentei de uma hora pra outra aconteceu sem meu próprio aval. Comportamentos que antes não me abalavam, hoje acabam comigo. Frases soam ofensivas, atitudes me parecem brutas e desnecessárias.
As pessoas que reclamavam da minha frieza parecem não ter percebido que eu mudei e continuam me tratando exatamente da mesma forma. Mas hoje em dia eu não tenho mais o casco que me tornava inabalável frente a uma lista de coisas que hoje eu não tolero mais.
De tanto me cobrarem aprendi a sentir ciúmes, por exemplo. Continuo sendo racional em alguns momentos, mas agora eu ouço um homem tocando "Eu sei que vou te amar" no piano e meus olhos enchem de lágrimas. Vejo o Luciano Huck ajudando gente que precisa e choro. E eu só quero saber quando é que essa TPM maldita e eterna vai sair de mim!
Cansei de ser sensível, essa vida não é pra mim.
Não sei pedir carinho e odeio ser carente.
Quero e preciso ser forte porque as pessoas que eu amo já são meu lado mais sensível e eu prefiro ser cobrada mas não precisar cobrar.
Poxa, não é nítido que ando à flor da pele já faz algum tempo? Será que eu preciso mesmo gritar essa necessidade de me sentir protegida?
Cansei de dar sinais e não ser entendida. Cansei de escancarar fragilidades que eu não quero assumir.
Mas vou deixar de lado esse orgulho que pertence à minha ex-personalidade fria pra assumir publicamente que eu tenho sentido falta de muitas coisas que lá atrás eu tive de sobra. E não é que não dei valor e perdi. Eu simplesmente consegui enxergar e sentir, depois de tanto tempo, o quanto tudo isso faz diferença.
Mas como eu disse no começo, esse ano começa completamente diferente do passado e será o ano da consolidação. Entre outras tantas coisas, será o ano pra (re)consolidar meu coração.
Feliz 2011!!! Feliz como sempre e muito mais do que nunca. Feliz como nunca e muito mais do que sempre...