quinta-feira, 25 de março de 2010

Eu, você e nossas guerras


Depois de um dia longo, um grande amigo me disse uma coisa que me deixou intrigada: "tem guerras que a gente não escolhe!". Quase que instantaneamente já vieram em mente 450 mil situações pelas quais eu passei sem querer, sem pedir, sem precisar. Guerras que sequer eram minhas, mas em que eu sofria por tabela. Quando você gosta de verdade da pessoa, sente uma necessidade urgente de sugar qualquer vestígio de dor, só pra não se sentir impotente vendo o outro sofrer sem poder fazer nada. É assim que se vive a guerra alheia! Tentando intervir em coisas que fogem da nossa alçada, pelo simples dever consciente de fazer-se presente nas horas mais necessárias. Nessas horas, meus problemas se tornam pequenininhos e quase ridículos, perto do drama de gente que eu quero tão bem! Me sinto na obrigação de tirar forças de onde não tenho, só pra que o outro não tenha dúvidas de que eu estou ali. Mas na verdade nem sei se isso é que é preciso. Assim como a gente se envolve em guerras alheias, outras batalhas a gente precisa resolver sem ninguém, dentro da gente. E aí meu amigo, só aquele bom e velho conhecido (nem sempre tão amigo...): o tempo! Às vezes ele voa e faz com que a gente atribua a ele a cura rápida das coisas. Em outras ele passa arrastado e só retarda o incômodo. Não tem segredo. Não tem receita. O fato é que eu sempre enxerguei a vida como uma roda gigante, e sempre que posso tento difundir essa minha teoria porque acho que essa visão das coisas pode facilitar muito nas fases difíceis. Afinal de contas, nenhuma tristeza (nem alegria, infelizmente) é eterna. Precisamos estar prontos pra viver dias melhores, sempre! Gosto muito de acreditar que tudo faz parte de um ciclo, e que todas as guerras são santas e sempre acabam em paz!

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